terça-feira, 26 de abril de 2011

A Estufa Religiosa do Mal.


A ESTUFA RELIGIOSA DO MAL.


“Welliton” foi mais um dos vários que suprimem sentimentos, histórias e estórias mal resolvidas na alma. A mente se torna uma espécie de “estufa” que faz com que tais realidades cresçam independente do mundo exterior. E quando menos se vê em tempo ou fora de tempo dá os seus frutos, e que terríveis frutos!

A religiosidade não admite isso na mente de alguém, como se num passe de mágica ou mística denominacional, tais realidades, teriam que desaparecer de imediato.

A pessoa no ambiente religioso doentio é ensinada direta ou indiretamente que tais sementes ou árvores já frutíferas nunca poderiam ali estar e num “tá amarrado” ou “saí em nome de jesus” a mente já não é mais tal estufa.

A pessoa precisa negar o que há dentro dela. Você já está curado! E por aí se vai... Criam "campanhas", tenho horror ao termo e prática, viciosas que condicionam a pessoa a dosagens de tempo para algo específico - uma bula divina. Mas negar uma realidade traumática da mente – alma - é a mesma coisa que olhar para uma parede e tentar se convencer que você pode passar por dentro dela. Por um momento você até se convence que é um “gasparzinho” e tem a sensação de super poderes, mas quando vê-la tudo se desmorona e se tentar atravessa-la, sabe o resultado.

A religiosidade valoriza a estética, por isso é um ambiente fecundo para psicopatas, sim, repito, a religiosidade é um ambiente fecundo, “estufoso” para psicopatia.

Por isso Jesus lidava de dentro para fora, por isso ele fazia questão de ter a pessoa na sua presença como ela é em suas palavras e gestos. Assim se conhece o coração, pois a boca fala do que o coração está cheio Mt. 15.18.

Jesus ouvia mais do que imaginamos. Lia as palavras, lia os olhares, lia os gestos, lia o corpo... Achamos como via de regra que Jesus de forma mística fazia um raio X da mente das pessoas, como um ser desumano cheio de poderes paranormais, se existe isso..., mas ele era humano, cheio do Espírito que lhe dava sensibilidade para ler os gritos do silêncio, não descarto a probabilidade de Deus desvendar no momento algo que se passa na mente da pessoa, e creio que o Pai concedeu isso para Jesus, mas em pouquíssimos momentos e não como via de regra.

A igreja de Jesus pára para ouvir as pessoas, não tem pressa no diálogo, busca os gritos da alma através de vozes que sussurram em gestos ou mesmo no silêncio.

A igreja de Jesus aceita tais realidades e está amorosamente pronta para Em Cristo caminhar com essas sementes sem permitir que sejam “estufadas” na mente.

A Igreja de Jesus permite que tal realidade sombria da mente seja salmodiada entre eles para se tornar no fim um hino de louvor.

Mas não quero ampliar o leque, mas focar em duas questões: atenção e acolhimento.

A religiosidade não é atenciosa e acolhedora, mas a igreja de Jesus é.

Que tipo de ambiente tem-se desenvolvido

nos nossos relacionamentos e ajuntamentos?


Toni Edson

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