terça-feira, 24 de maio de 2011

A verdade que não gera crescimento é uma mentira dogmatizada.

A verdade que não gera crescimento é uma mentira dogmatizada.


Num tempo de tanto pluralismo religioso e verdades relativizadas parece que “vale tudo” e “tudo vale” desde que seja feito de coração.

Mas “cá entre nóis”, quantas e quantas vezes nosso “coração bandido” nos pregou peças por verdades comprovadas por ele que todo o nosso ser dizia que “é de Deus” quando na verdade tal verdade “era de deus – nós”?

Acredito que o olhar de vários ângulos não transforma a cor preta em cinza ou branco, a cor não mudou, mas percepção é que enganou o olheiro. Esse é problema. Olhamos pelo nosso ângulo, pelo nosso achismo, pela nossa percepção ou percepção alheia. Não temos outra escolha a não ser olhar de perto, bem perto, pertíssimo!

Voltando ao tema em questão, toda verdade é verdade de Deus não importa na boca de quem, já dizia alguém – famoso, senão você não dá crédito( rs). Pode ser um mentiroso por não acreditar na verdade que pronuncia ou por não vivê-la, mesmo assim não deixa de ser verdade o que diz. Essa é a salvação de muitos líderes religiosos e poderia ser dos políticos, mas a verdade que dizem depende deles (rs)... Mas se é verdade é verdade e pronto. Tudo que não condiz com ela não é “meia verdade” é “totalmente mentira”, contudo, falar isso nesse tempo é criar uma barreira na comunicação, aí com jeitinho você fala, “é quase uma verdade” (rs).

Mas quero deixar um referencial para verdade num tempo de tanto relativismo.

A verdade gera crescimento!

Sim, gera crescimento em todos os sentidos. Quantitativo e qualitativo. E não há uma regra de precedência da quantidade ou qualidade, mas uma coisa é certo, ambas caminham de mãos dadas.

Crescimento Quantitativo sem o Qualitativo é porque essa verdade não é tão verdade assim, sendo assim, é uma mentira, ou talvez, seja questão de tempo para a qualidade se findar. Afinal, ao observar a Verdade Encarnada – Jesus, sua verdade gerava Quantidade e no passar do tempo Qualidade.

Esse processo pode ser meio “montanha russa” vejo isso no ensinamento de Jesus – Quantidade – redução da quantidade – Qualidade – e crescimento da Quantidade em Qualidade e esse ciclo se repetindo.

Ou pode ser o inverso. Qualidade e depois Quantidade. Bem, a questão é que andam de mãos dadas e se o tempo prova que falta um dos fatores é que tem algo errado.

E pode-se até dar boas explicações para a ausência de uma delas, mas acredite, não passa de uma mentira dogmatizada para justificar a não verdade.

Entre verdades e mentiras, vale a pena olhar para O Caminho, A Verdade e A Vida.

Toni Edson

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Espírito Santo - Vento de Deus ou Ventilador dos Homens?


Espírito Santo

Vento de Deus ou Ventilador dos Homens?

O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito - Jo 3.8.

Espírito Santo - Vento de Deus ou Ventilador dos Homens? Acredito que ambas as respostas causam desconforto para nós.

Vê-lo como vento é pensar em algo sem pessoalidade e nossa mente intelectualizada pelos concílios e movimento da reforma teme pensar no Espírito como Vento para não des-personificá-lo. Afinal, vento é vento e não é uma pessoa é o “ar em movimento” um fenômeno oriundo das reações atmosféricas. Viu? Uma resposta bem iluminista tradicional aonde a razão predomina.

E talvez toda essa “intelectualidade” não nos deixe contemplar Deus em uma brisa suave novamente, e garanto, não sou adepto do panteísmo.

Contudo o foco não é esse.

Nesse conhecido diálogo Jesus contraria a razão do conhecidíssimo fariseu Nicodemus afirmando que o fato de ser Judeu não o garantia dentro do Reino, mas sim a experiência do Nascer de Novo é que o colocaria nessa realidade presente. Ali é um contraste de que somos mais pagãos quando pensamos que somos mais santos.

E nesse diálogo Jesus afirma: Deus é livre em movimento.

Massss, vivemos uma época de fenômeno do neo-pentecostalismo em que o vento é produzido e manipulado, ao menos se acredita que pode e isso permeia nossa sociedade religiosa.

Assim como o ventilador produz vento a hora que seu dono deseja e aonde o seu dono deseja o Livre Deus foi “Ventiladorizado”.

A moda religiosa é que se pode fazer com que Ele Vente aonde se quer e quando se quer. A geração dos “Donos do Vento”, dos “Donos do céu e seu Rei”.

A geração atual acredita no absurdo que certo teólogo afirmou lendo nosso tempo chamado hoje. Parafraseio... “Nunca se pensou que ao observar o movimento das árvores agitadas pelos ventos que eram as árvores que produziam o vento. O que move o visível é o invisível, mas hoje se acredita nessa espiritualidade moderna que o visível que move o invisível”.

Aí temos as “determinações” “jejuns pelas causas perdidas” “aqui o milagre é comum” “campanha para isso” e ventilando-se se vai...

Transformaram Deus num ventilador, ou melhor, tentaram transformar, só que Ele ainda, sopra aonde quer e vem de onde não sabemos e vai para onde não imaginamos, contudo, pode-se ouvir a sua voz.

Nessa geração de ventiladores religiosos acredite, ainda é possível ouvir a Voz do Vento.

Ele algumas vezes por ser Livre passa por entre os ventiladores por amor dos sedentos por ele e enganados por outros. Ele se confunde no vento artificial por amor dos que precisam Nascer de Novo. Ele vai aonde é ensinado que se pode "ventilizá-lo" por que é Livre e não se permite neutralizar de alguém em função dos que assim tentam manipulá-lo. Algumas vezes sopra e outras não.

Mas aos que sabem que ele é o Vento Livre genitor da Vida. Aos que sabem que sem Ele nada se movimenta e que nunca o produz. Aos que sabem que não pode prendê-lo em suas mãos ou denominação ou compêndios sistemáticos de teologia. Aos que sabem que Ele pode vir como pode ir sem o menor controle e satisfação...A esses? Ele, o Vento, algumas vezes sopra, outras também não. (rs). Afinal, saber não é poder e nem condição para que Ele sopre ou não.

Ele o é independente de quem e sobre quem sopra.

Que tal uma experiência naturalmente espiritual de deixar a brisa ou ventania bater no seu rosto e relembrar dessas palavras – O Vento de Deus é Real e pode falar conosco.


Toni Edson

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Os evangélicos vencem! Será?

O jornal Estadão publicou, crédito do meu amigo pastor Vini por me passar a reportagem, que ontem, 12 de Maio, a bancada evangélica conseguiu barrar a aprovação da Lei que criminaliza a homofobia. Afirmam os evangélicos que o assunto ainda não foi discutido exaustivamente e que mais de 150 milhões de pessoas não foram ouvidas. Diga-se se de passagem que não barrou, mas apenas adiou o SIM ou NÃO.

Está explicado porque o SBT adiou o primeiro beijo lésbico da história da novela brasileira, mas está lá gravadinho gravadinho.

De um lado Marta Suplicy, sim, a famosa propagadora da frase “Relaxa e Goza” para ironizar a crise dos aeroportos brasileiros, tentou com todas as suas forças a aprovação da Lei, afinal, dia 17 de Maio é o Dia de Combate Nacional à Homofobia. Disse Marta que o momento era ideal, afinal isso “sensibilizaria” a população, em outras palavras vamos na passionalidade do brasileiro.

Marta quis aproveitar o que os Evangélicos aproveitaram – passionalidade, ou você acha que o argumento aceito foi exatamente – Precisamos ouvir mais pessoas? Bem, foi o argumento, mas não motivo de adiamento da votação. Gente, cá entre nós, já foi uma BOMBA pro país "católico-evangélico" a aprovação do Reconhecimento da Homoafetividade, imagina na mesma semana aprovar a Criminalização da Homofobia? O problema é que o “bebum” se “embebeda” em pequenas dosagens quando se vê é entoado o velho hino “eu bebo sim, e estou vivendo, tem gente que não bebe e está morrendo”...Um país "embebudecendo-se"?

Voltando a nossa Mulher Maravilha com olhar de Super Man, sacou?, a tão famosa frase, “relaxa e goza” vem de uma frase terrível - “Se você não pode impedir um estupro, relaxa e goza.”.

Viu como o irônico e nada a ver tem por trás uma bagagem maior do que se imagina?

O problema é que existem Leis que deveriam punir os agressores aos homossexuais, se não é aplicada, você acha que a Lei da Criminalização da Homofobia iria impedir? Categoricamente, Não! Só iria transformar uma “opção sexual”, condicional ou incondicional, em raça e aí que se encontra o grande problema.

Bem, uma vitória? Pra quem? Será que por trás da vitória, não se tem apenas uma cama pra outra adultera se deitar?

Mas não podemos deixar de comentar que a União fez mais que Açúcar.


Toni Edson

terça-feira, 10 de maio de 2011

Casamentos do Século Brasileiro - União Homoafetiva Reconhecida, E agora "país cristão"?

Casamentos do Século Brasileiro - União Homoafetiva Reconhecida. E agora "país cristão"?

Quem imaginou, e até eu imaginei, que o casamento do século também para nossa história brasileira seria do Príncipe William e Kate Middleto quebrou a cara!

O Brasil vai ter casamento gay, a chamada união estável entre homossexuais.

E agora? Agora fica do mesmo jeito que estava. Ninguém vai “sair do armário” ou se “tornar homo” devido a lei. O fato é que cresce o espaço de aceitação por parte da sociedade brasileira da “realidade” da homossexualidade. E agora? Agora que se tornou “legislativo” se tornou um problema para os “religiosos”. E isso me deixa... Porque o espírito religioso admite desde que seja no “oculto”, desde que preserve a “moral institucional” ta valendo, mas agora o “país cristão” se vê aprovando algo “não cristão”, e que pra mim, o que está acontecendo não é algo “não cristão” é principalmente “não religioso”, e isso tem uma diferença gigantesca.

Católicos e Evangélicos se unem para “cruzadas” contra tal lei e o governo, mas essa união não existiu antes enquanto a sociedade estava se “embrionando” para tal. Parece que sempre estão a um passo atrás de tudo. Talvez seja o fato de se preocuparem com a superficialidade da vida, tais como: Número de membros, prosperidade financeira, cura do físico, show´s televisivos, construções megalomaníacas “catedrásticas” e por aí se vai se indo...

Agora, o que existe na sociedade que faz crescer tal realidade que décadas passadas ou até a década anterior era inimaginável? Será que o nosso tempo se tornou propício assumir uma antiga existente opção de Homossexualidade? Será que o nosso tempo se tornou um útero de homossexualidade? Será que se concentrou um principado de “Oséias” de espírito de sensualidade?

Eu entendo perfeitamente alguns casos que desembocaram em homossexualidade e acredito que são contextos de condicionamento sociais vivido dos mais diversos possíveis, mas será que a chamada “experiência” da diversidade sexual não tem provocado esse aumento? Será que a histórica e crescente eminente repressão sexual por parte da “religião” não provocou tal realidade? Será que isso faz parte do processo evolutivo do ser humano? Será que é o ápice da alteração biológica darwinista? E agora? Comente...


Toni Edson

domingo, 8 de maio de 2011

Morre um Mito e Nasce um Ídolo-herói.

Morre um Mito e Nasce um Ídolo-herói.

A saga do herói mitológico é processualmente inversa. Tem-se o ídolo que nasce, vive e morre e ainda que não eleito em vida, se “mitologiza” em morte. Ás vezes o mito nunca existiu como um ídolo, mas sempre foi personificado e "ideologizado" numa espécie de senso comum. Os gregos são assim.

Mas presenciamos, não sei se inédito, uma inversão nesse momento histórico. Morre um mito e nasce um ídolo. Exatamente. أسامة بن محمد بن عود بن لادن - Osama bin Mohammed bin Awad bin Laden o fundador da al-Qaeda. Já tinha me convencido, ou me convenceram, que era um mito “divino” para dar razão a ataques sem autoria. Confesso que meu romance “semi escrito” caiu por terra com essa notícia, mataram o meu mito Bin Laden. O mito de uma nação invulnerável na ideologia, mas aterrorizada em prática e pior, sem saber que “demônio” estava por traz disso. Mas “lixeira”, afinal, matou mesmo, é o que parece...

Era o novo mito americano e mundial, existente ou não, mas no subconsciente sempre ali esteve.

Não sei se preferiria que fosse um mito, mas o que eu achava ou preferiria não muda nada.

Agora o que é muito interessante é que um Mito morreu, para nascer um ídolo, e pior, ídolo herói para alguns. Não para muitos, mas também não para ninguém, para alguns um ídolo herói.

Teve que morrer para viver, essa é a saga traçada e que agora pode aterrorizar mais do que antes. Morto vive mais, morto é mais ídolo, é mais herói para um povo em todo mundo.

Daí a duvida do homem mais famoso do mundo, o que matou, vivificando, o homem mais procurado do mundo, o que morreu. Mostrar ou não sua foto. Mostrar garante o feito, mas desperta mais seguidores do herói, não mostrar não sacia a sede de certeza do mundo. Ah...Quem sou eu para saber o que está em jogo no mostrar ou não fotos, a questão maior em tudo isso é que morreu o mito do mundo e nasceu o herói de alguns.

E devemos nos perguntar, porque herói de alguns? Como pode alguém assim, como o vimos na mídia, ter seguidores? Qual é o lado da moeda que convence esses “alguns”?

Não estou defendendo Bin Laden, mas levantando a realidade que não sabemos o motivo de ter tantos seguidores a morrer por ele. Um argumento meramente religioso? Creio que sim! O que não entendemos, e deveríamos entender, é que a religião é integral e permeia o mundo político, e por esse em nome dos “Alas” vivem e morrem.

O que sabem que não sabemos? Porque vemos apenas trevas enquanto outros só vêem luz nessa história? Porque o mundo sorri com sua morte e outros choram? O que essa minoria vê que não vemos? Fatos manipulados e selecionados para ambos. É a minha resposta.

Toni Edson

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Repensando o Nosso Sistema Carcerário.

Repensando o Nosso Sistema Carcerário.

Somos justiceiros por natureza, desde que tal justiça não nos atinja rs, caso contrário, nos tornamos misericordiosos.

Mas essa “justiça” tem como padrão a “vingança”, propriamente dita, e isso é fato!

Observe o grito da multidão pedindo justiça para um “Nardoni da Vida”, perceba como já esquecemos a justiça que clamamos... Observe-o na sua mente com a cena do seu crime e verás em seus atos imaginários a justiça que brota de teu interior. Observe os “Wellitons das Escolas da Vida” e se tivéssemos o poder da ressurreição usaríamos para tirá-lo do mundo dos mortos e trazê-lo para vida, apenas para poder matá-lo com nossa própria “justiça”. "Em momentos assim se fizesse um prebiscito para pena de morte no Brasil, qual seria o resultado? rs".

Somos passionais demais! Justiceiros demais! Vingadores demais! Punitivos demais!

Já visitei vários sistemas carcerários, estando livre para sair rs, e é impressionante a forma que os encarcerados são tratados, é revoltante, até que se saiba o que fizeram...

Nosso sistema é punitivo e não corretivo, e quando se olha por fora se lamenta, mas quando se vê de perto e o "sangue da alma" dos que ali estão entendemos algo importante:

“O problema não é o sistema e seus sistematizadores, somos nós”.

O sistema carcerário reflete a nossa alma! Afirmo. Quando aprisiona-se, por exemplo, alguém dentro dela é a matriz dos sistemas externos que vemos.

Estranho pensar nisso, mas é exatamente isso que acontece quando não perdoamos alguém, a idéia da sabedoria bíblica é que esse alguém fica “enjaulado” dentro de nós.

O sistema que vemos hoje nas prisões e presídios é a alma da sociedade-pessoas e, a forma que lida com os agressores. Animalizamos o “não animal” convencendo-o que realmente ele o é.

Mas como repensar tal sistema?

Isso nunca vai ser repensando se não houver uma “metanóia” – expansão de mente, na sociedade, e não apenas nos governantes. Essa expansão de mente nos leva a ver a vida num ângulo além do aquém que nos colocamos ao pensar pela passionalidade dos momentos.

Os governos não mudarão se a sociedade não mudar. Se alguém mudado governar, a sociedade obriga um "espelhamento" da alma no sistema, isso também, e principalmente, é o tal do pecado.

A sociedade é doente e produz essa doença nos governantes, pois ela os coloca lá e os adoece, também, com o senso coletivo de “justiça”.

Qual o caminho? Um derramar de nova consciência. Qual consciência? De alguém que consiga não apenas convencer, mas converter. Quem é esse? Aquele que consegue discernir a punição da disciplina... Opa, e o que é disciplina? É algo que só esse alguém sabe lidar e que sabemos a resposta, mas resistimos em tê-la em nós e através de nós.

Seria possível um efeito borboleta na sociedade através do nosso "bater de asas"?

Toni Edson