sexta-feira, 15 de julho de 2011

DOPING RELIGIOSO

DOPING RELIGIOSO


O
caso do suposto doping de Cesar Cielo, campeão olímpico entre outros títulos,
levantou a triste estatística brasileira de liderança no ranking de doping na
natação, 20 casos desde 2001.

Nada
mais é do que a tentativa de ser o que não é a fim de conseguir o que ser quer.

Penso
no contexto da religiosidade pseudo-evangélica no Brasil que deve liderar, não conheço
estatística para isso, o ranking de doping religioso no meio evangélico é
assustador.

Pessoas
se usam de uma espiritualidade que promete super poderes para se conquistar no
mundo espiritual, claro que tem que se materializar, o que se quer. Com isso,
as pessoas estão se dopando inconscientemente, como alega alguns atletas, com
um evangelho fajuto de um Deus que é uma substancia controlável que nos
capacita a alcançar nossos ideais.

Fuja do Doping Religioso!!!

Você
precisa ser exatamente o que você é e apenas será o que pode ser no processo
natural da vida permeada pela graça de Deus. Não tente atalhos religiosos.
Respeite seus limites e não conquistas não se corrompa por falsos pódios, pois
a questão não é chegar em algum lugar, mas como se caminha enquanto o Caminho
não chega plenamente em nós.


Toni

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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Cultura do Copinho Descartável


CULTURA COPINHO DESCARTÁVEL.

O tempo passa, prefiro o passatempo, e algumas marcas destacam a geração.

E talvez uma das que destaca a atual é a cultura do descartável. Se isso era um acidente outrora agora se tornou um cultura normatizada nas esferas da vida.

É uma espécie de “coisificação” do ser humano. Ele já não é visto como um SER, mas como uma COISA e coisa que existe para trampolim para os meus ideais. Quer seja no campo profissional, sentimental, relacional e al al al... é comum ver pessoas usando pessoas e depois agindo como se elas não existissem, afinal, consegui chegar aonde queria, numa promoção, num lugar, num estado, num orgasmo...

E nisso vai se bebendo até se saciar depois simplesmente a figura de um copinho descartável lança-se o SER COISIFICADO fora.

Certa feita, Jesus encontrou com uma mulher samaritana, João 4, e iniciou um diálogo e logo ela retrucou: “Como sendo tu homem judeu pede água para mim mulher samaritana?” – parafraseei.

Podemos ver duas possibilidades dessa pergunta além do preconceito religioso presente entre judeus e samaritanos. Logo após Jesus manda chamar seu esposo e a resposta dada pela mulher é que não o tem. E a revelação é intrigante por parte de Jesus – “Disseste bem a verdade nisso, pois tivestes vários e o que tem não é seu.”.

Penso que o fato dessa mulher não querer se aproximar de Jesus é desse desenvolvimento da Cultura do Copinho Descartável vivido na época.

Vai que esse homem me use e me descarte como os outros? Ou, poderia ela ser uma descartadora?

Bem, a verdade é que ambas as possibilidades gera o fenômeno do afastamento de pessoas que realmente quer nos amar. Temos ser descartados ou simplesmente descartamos.

Cuidado, você pode ser um perpetuador dessa cultura e sem dúvidas será vitima da mesma.

Segue uma ironia musical para tal cultura neste trecho clássico abaixo rsrs...

copinho descartavel


terça-feira, 24 de maio de 2011

A verdade que não gera crescimento é uma mentira dogmatizada.

A verdade que não gera crescimento é uma mentira dogmatizada.


Num tempo de tanto pluralismo religioso e verdades relativizadas parece que “vale tudo” e “tudo vale” desde que seja feito de coração.

Mas “cá entre nóis”, quantas e quantas vezes nosso “coração bandido” nos pregou peças por verdades comprovadas por ele que todo o nosso ser dizia que “é de Deus” quando na verdade tal verdade “era de deus – nós”?

Acredito que o olhar de vários ângulos não transforma a cor preta em cinza ou branco, a cor não mudou, mas percepção é que enganou o olheiro. Esse é problema. Olhamos pelo nosso ângulo, pelo nosso achismo, pela nossa percepção ou percepção alheia. Não temos outra escolha a não ser olhar de perto, bem perto, pertíssimo!

Voltando ao tema em questão, toda verdade é verdade de Deus não importa na boca de quem, já dizia alguém – famoso, senão você não dá crédito( rs). Pode ser um mentiroso por não acreditar na verdade que pronuncia ou por não vivê-la, mesmo assim não deixa de ser verdade o que diz. Essa é a salvação de muitos líderes religiosos e poderia ser dos políticos, mas a verdade que dizem depende deles (rs)... Mas se é verdade é verdade e pronto. Tudo que não condiz com ela não é “meia verdade” é “totalmente mentira”, contudo, falar isso nesse tempo é criar uma barreira na comunicação, aí com jeitinho você fala, “é quase uma verdade” (rs).

Mas quero deixar um referencial para verdade num tempo de tanto relativismo.

A verdade gera crescimento!

Sim, gera crescimento em todos os sentidos. Quantitativo e qualitativo. E não há uma regra de precedência da quantidade ou qualidade, mas uma coisa é certo, ambas caminham de mãos dadas.

Crescimento Quantitativo sem o Qualitativo é porque essa verdade não é tão verdade assim, sendo assim, é uma mentira, ou talvez, seja questão de tempo para a qualidade se findar. Afinal, ao observar a Verdade Encarnada – Jesus, sua verdade gerava Quantidade e no passar do tempo Qualidade.

Esse processo pode ser meio “montanha russa” vejo isso no ensinamento de Jesus – Quantidade – redução da quantidade – Qualidade – e crescimento da Quantidade em Qualidade e esse ciclo se repetindo.

Ou pode ser o inverso. Qualidade e depois Quantidade. Bem, a questão é que andam de mãos dadas e se o tempo prova que falta um dos fatores é que tem algo errado.

E pode-se até dar boas explicações para a ausência de uma delas, mas acredite, não passa de uma mentira dogmatizada para justificar a não verdade.

Entre verdades e mentiras, vale a pena olhar para O Caminho, A Verdade e A Vida.

Toni Edson

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Espírito Santo - Vento de Deus ou Ventilador dos Homens?


Espírito Santo

Vento de Deus ou Ventilador dos Homens?

O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito - Jo 3.8.

Espírito Santo - Vento de Deus ou Ventilador dos Homens? Acredito que ambas as respostas causam desconforto para nós.

Vê-lo como vento é pensar em algo sem pessoalidade e nossa mente intelectualizada pelos concílios e movimento da reforma teme pensar no Espírito como Vento para não des-personificá-lo. Afinal, vento é vento e não é uma pessoa é o “ar em movimento” um fenômeno oriundo das reações atmosféricas. Viu? Uma resposta bem iluminista tradicional aonde a razão predomina.

E talvez toda essa “intelectualidade” não nos deixe contemplar Deus em uma brisa suave novamente, e garanto, não sou adepto do panteísmo.

Contudo o foco não é esse.

Nesse conhecido diálogo Jesus contraria a razão do conhecidíssimo fariseu Nicodemus afirmando que o fato de ser Judeu não o garantia dentro do Reino, mas sim a experiência do Nascer de Novo é que o colocaria nessa realidade presente. Ali é um contraste de que somos mais pagãos quando pensamos que somos mais santos.

E nesse diálogo Jesus afirma: Deus é livre em movimento.

Massss, vivemos uma época de fenômeno do neo-pentecostalismo em que o vento é produzido e manipulado, ao menos se acredita que pode e isso permeia nossa sociedade religiosa.

Assim como o ventilador produz vento a hora que seu dono deseja e aonde o seu dono deseja o Livre Deus foi “Ventiladorizado”.

A moda religiosa é que se pode fazer com que Ele Vente aonde se quer e quando se quer. A geração dos “Donos do Vento”, dos “Donos do céu e seu Rei”.

A geração atual acredita no absurdo que certo teólogo afirmou lendo nosso tempo chamado hoje. Parafraseio... “Nunca se pensou que ao observar o movimento das árvores agitadas pelos ventos que eram as árvores que produziam o vento. O que move o visível é o invisível, mas hoje se acredita nessa espiritualidade moderna que o visível que move o invisível”.

Aí temos as “determinações” “jejuns pelas causas perdidas” “aqui o milagre é comum” “campanha para isso” e ventilando-se se vai...

Transformaram Deus num ventilador, ou melhor, tentaram transformar, só que Ele ainda, sopra aonde quer e vem de onde não sabemos e vai para onde não imaginamos, contudo, pode-se ouvir a sua voz.

Nessa geração de ventiladores religiosos acredite, ainda é possível ouvir a Voz do Vento.

Ele algumas vezes por ser Livre passa por entre os ventiladores por amor dos sedentos por ele e enganados por outros. Ele se confunde no vento artificial por amor dos que precisam Nascer de Novo. Ele vai aonde é ensinado que se pode "ventilizá-lo" por que é Livre e não se permite neutralizar de alguém em função dos que assim tentam manipulá-lo. Algumas vezes sopra e outras não.

Mas aos que sabem que ele é o Vento Livre genitor da Vida. Aos que sabem que sem Ele nada se movimenta e que nunca o produz. Aos que sabem que não pode prendê-lo em suas mãos ou denominação ou compêndios sistemáticos de teologia. Aos que sabem que Ele pode vir como pode ir sem o menor controle e satisfação...A esses? Ele, o Vento, algumas vezes sopra, outras também não. (rs). Afinal, saber não é poder e nem condição para que Ele sopre ou não.

Ele o é independente de quem e sobre quem sopra.

Que tal uma experiência naturalmente espiritual de deixar a brisa ou ventania bater no seu rosto e relembrar dessas palavras – O Vento de Deus é Real e pode falar conosco.


Toni Edson

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Os evangélicos vencem! Será?

O jornal Estadão publicou, crédito do meu amigo pastor Vini por me passar a reportagem, que ontem, 12 de Maio, a bancada evangélica conseguiu barrar a aprovação da Lei que criminaliza a homofobia. Afirmam os evangélicos que o assunto ainda não foi discutido exaustivamente e que mais de 150 milhões de pessoas não foram ouvidas. Diga-se se de passagem que não barrou, mas apenas adiou o SIM ou NÃO.

Está explicado porque o SBT adiou o primeiro beijo lésbico da história da novela brasileira, mas está lá gravadinho gravadinho.

De um lado Marta Suplicy, sim, a famosa propagadora da frase “Relaxa e Goza” para ironizar a crise dos aeroportos brasileiros, tentou com todas as suas forças a aprovação da Lei, afinal, dia 17 de Maio é o Dia de Combate Nacional à Homofobia. Disse Marta que o momento era ideal, afinal isso “sensibilizaria” a população, em outras palavras vamos na passionalidade do brasileiro.

Marta quis aproveitar o que os Evangélicos aproveitaram – passionalidade, ou você acha que o argumento aceito foi exatamente – Precisamos ouvir mais pessoas? Bem, foi o argumento, mas não motivo de adiamento da votação. Gente, cá entre nós, já foi uma BOMBA pro país "católico-evangélico" a aprovação do Reconhecimento da Homoafetividade, imagina na mesma semana aprovar a Criminalização da Homofobia? O problema é que o “bebum” se “embebeda” em pequenas dosagens quando se vê é entoado o velho hino “eu bebo sim, e estou vivendo, tem gente que não bebe e está morrendo”...Um país "embebudecendo-se"?

Voltando a nossa Mulher Maravilha com olhar de Super Man, sacou?, a tão famosa frase, “relaxa e goza” vem de uma frase terrível - “Se você não pode impedir um estupro, relaxa e goza.”.

Viu como o irônico e nada a ver tem por trás uma bagagem maior do que se imagina?

O problema é que existem Leis que deveriam punir os agressores aos homossexuais, se não é aplicada, você acha que a Lei da Criminalização da Homofobia iria impedir? Categoricamente, Não! Só iria transformar uma “opção sexual”, condicional ou incondicional, em raça e aí que se encontra o grande problema.

Bem, uma vitória? Pra quem? Será que por trás da vitória, não se tem apenas uma cama pra outra adultera se deitar?

Mas não podemos deixar de comentar que a União fez mais que Açúcar.


Toni Edson

terça-feira, 10 de maio de 2011

Casamentos do Século Brasileiro - União Homoafetiva Reconhecida, E agora "país cristão"?

Casamentos do Século Brasileiro - União Homoafetiva Reconhecida. E agora "país cristão"?

Quem imaginou, e até eu imaginei, que o casamento do século também para nossa história brasileira seria do Príncipe William e Kate Middleto quebrou a cara!

O Brasil vai ter casamento gay, a chamada união estável entre homossexuais.

E agora? Agora fica do mesmo jeito que estava. Ninguém vai “sair do armário” ou se “tornar homo” devido a lei. O fato é que cresce o espaço de aceitação por parte da sociedade brasileira da “realidade” da homossexualidade. E agora? Agora que se tornou “legislativo” se tornou um problema para os “religiosos”. E isso me deixa... Porque o espírito religioso admite desde que seja no “oculto”, desde que preserve a “moral institucional” ta valendo, mas agora o “país cristão” se vê aprovando algo “não cristão”, e que pra mim, o que está acontecendo não é algo “não cristão” é principalmente “não religioso”, e isso tem uma diferença gigantesca.

Católicos e Evangélicos se unem para “cruzadas” contra tal lei e o governo, mas essa união não existiu antes enquanto a sociedade estava se “embrionando” para tal. Parece que sempre estão a um passo atrás de tudo. Talvez seja o fato de se preocuparem com a superficialidade da vida, tais como: Número de membros, prosperidade financeira, cura do físico, show´s televisivos, construções megalomaníacas “catedrásticas” e por aí se vai se indo...

Agora, o que existe na sociedade que faz crescer tal realidade que décadas passadas ou até a década anterior era inimaginável? Será que o nosso tempo se tornou propício assumir uma antiga existente opção de Homossexualidade? Será que o nosso tempo se tornou um útero de homossexualidade? Será que se concentrou um principado de “Oséias” de espírito de sensualidade?

Eu entendo perfeitamente alguns casos que desembocaram em homossexualidade e acredito que são contextos de condicionamento sociais vivido dos mais diversos possíveis, mas será que a chamada “experiência” da diversidade sexual não tem provocado esse aumento? Será que a histórica e crescente eminente repressão sexual por parte da “religião” não provocou tal realidade? Será que isso faz parte do processo evolutivo do ser humano? Será que é o ápice da alteração biológica darwinista? E agora? Comente...


Toni Edson

domingo, 8 de maio de 2011

Morre um Mito e Nasce um Ídolo-herói.

Morre um Mito e Nasce um Ídolo-herói.

A saga do herói mitológico é processualmente inversa. Tem-se o ídolo que nasce, vive e morre e ainda que não eleito em vida, se “mitologiza” em morte. Ás vezes o mito nunca existiu como um ídolo, mas sempre foi personificado e "ideologizado" numa espécie de senso comum. Os gregos são assim.

Mas presenciamos, não sei se inédito, uma inversão nesse momento histórico. Morre um mito e nasce um ídolo. Exatamente. أسامة بن محمد بن عود بن لادن - Osama bin Mohammed bin Awad bin Laden o fundador da al-Qaeda. Já tinha me convencido, ou me convenceram, que era um mito “divino” para dar razão a ataques sem autoria. Confesso que meu romance “semi escrito” caiu por terra com essa notícia, mataram o meu mito Bin Laden. O mito de uma nação invulnerável na ideologia, mas aterrorizada em prática e pior, sem saber que “demônio” estava por traz disso. Mas “lixeira”, afinal, matou mesmo, é o que parece...

Era o novo mito americano e mundial, existente ou não, mas no subconsciente sempre ali esteve.

Não sei se preferiria que fosse um mito, mas o que eu achava ou preferiria não muda nada.

Agora o que é muito interessante é que um Mito morreu, para nascer um ídolo, e pior, ídolo herói para alguns. Não para muitos, mas também não para ninguém, para alguns um ídolo herói.

Teve que morrer para viver, essa é a saga traçada e que agora pode aterrorizar mais do que antes. Morto vive mais, morto é mais ídolo, é mais herói para um povo em todo mundo.

Daí a duvida do homem mais famoso do mundo, o que matou, vivificando, o homem mais procurado do mundo, o que morreu. Mostrar ou não sua foto. Mostrar garante o feito, mas desperta mais seguidores do herói, não mostrar não sacia a sede de certeza do mundo. Ah...Quem sou eu para saber o que está em jogo no mostrar ou não fotos, a questão maior em tudo isso é que morreu o mito do mundo e nasceu o herói de alguns.

E devemos nos perguntar, porque herói de alguns? Como pode alguém assim, como o vimos na mídia, ter seguidores? Qual é o lado da moeda que convence esses “alguns”?

Não estou defendendo Bin Laden, mas levantando a realidade que não sabemos o motivo de ter tantos seguidores a morrer por ele. Um argumento meramente religioso? Creio que sim! O que não entendemos, e deveríamos entender, é que a religião é integral e permeia o mundo político, e por esse em nome dos “Alas” vivem e morrem.

O que sabem que não sabemos? Porque vemos apenas trevas enquanto outros só vêem luz nessa história? Porque o mundo sorri com sua morte e outros choram? O que essa minoria vê que não vemos? Fatos manipulados e selecionados para ambos. É a minha resposta.

Toni Edson

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Repensando o Nosso Sistema Carcerário.

Repensando o Nosso Sistema Carcerário.

Somos justiceiros por natureza, desde que tal justiça não nos atinja rs, caso contrário, nos tornamos misericordiosos.

Mas essa “justiça” tem como padrão a “vingança”, propriamente dita, e isso é fato!

Observe o grito da multidão pedindo justiça para um “Nardoni da Vida”, perceba como já esquecemos a justiça que clamamos... Observe-o na sua mente com a cena do seu crime e verás em seus atos imaginários a justiça que brota de teu interior. Observe os “Wellitons das Escolas da Vida” e se tivéssemos o poder da ressurreição usaríamos para tirá-lo do mundo dos mortos e trazê-lo para vida, apenas para poder matá-lo com nossa própria “justiça”. "Em momentos assim se fizesse um prebiscito para pena de morte no Brasil, qual seria o resultado? rs".

Somos passionais demais! Justiceiros demais! Vingadores demais! Punitivos demais!

Já visitei vários sistemas carcerários, estando livre para sair rs, e é impressionante a forma que os encarcerados são tratados, é revoltante, até que se saiba o que fizeram...

Nosso sistema é punitivo e não corretivo, e quando se olha por fora se lamenta, mas quando se vê de perto e o "sangue da alma" dos que ali estão entendemos algo importante:

“O problema não é o sistema e seus sistematizadores, somos nós”.

O sistema carcerário reflete a nossa alma! Afirmo. Quando aprisiona-se, por exemplo, alguém dentro dela é a matriz dos sistemas externos que vemos.

Estranho pensar nisso, mas é exatamente isso que acontece quando não perdoamos alguém, a idéia da sabedoria bíblica é que esse alguém fica “enjaulado” dentro de nós.

O sistema que vemos hoje nas prisões e presídios é a alma da sociedade-pessoas e, a forma que lida com os agressores. Animalizamos o “não animal” convencendo-o que realmente ele o é.

Mas como repensar tal sistema?

Isso nunca vai ser repensando se não houver uma “metanóia” – expansão de mente, na sociedade, e não apenas nos governantes. Essa expansão de mente nos leva a ver a vida num ângulo além do aquém que nos colocamos ao pensar pela passionalidade dos momentos.

Os governos não mudarão se a sociedade não mudar. Se alguém mudado governar, a sociedade obriga um "espelhamento" da alma no sistema, isso também, e principalmente, é o tal do pecado.

A sociedade é doente e produz essa doença nos governantes, pois ela os coloca lá e os adoece, também, com o senso coletivo de “justiça”.

Qual o caminho? Um derramar de nova consciência. Qual consciência? De alguém que consiga não apenas convencer, mas converter. Quem é esse? Aquele que consegue discernir a punição da disciplina... Opa, e o que é disciplina? É algo que só esse alguém sabe lidar e que sabemos a resposta, mas resistimos em tê-la em nós e através de nós.

Seria possível um efeito borboleta na sociedade através do nosso "bater de asas"?

Toni Edson

terça-feira, 26 de abril de 2011

Janelas para Escuridão

JANELAS PARA ESCURIDÃO


Ninguém nasce homicida, se bem que há linhas científicas que defendem pré-disposição a isso, acredito que somos a somatória das experiências vividas, quer sejam boas, quer sejam ruins.

Talvez o que nos condicione a “esponjar” algumas experiências mais do que as outras, seja o ambiente primário da formação do caráter, por exemplo, uma criança que cresce no ambiente de violência a sua volta, tem tais imagens em palavras e gestos, pode, futuramente, se inclinar para aderir e aprovar comportamentos violentos que experimentará direta ou indiretamente, esta é minha percepção.

Somos o que o meio nos induziu a sermos somado as escolhas que fizemos.

Ainda que uma experiência extraordinária nos surpreenda nos alertando que o comportamento que temos pode ser mortal, quando se passa o susto, a experiência, o ser retoma seu comportamento perigoso, por exemplo, a pessoa desenvolve o comportamento de roubar perfumes em lojas, e num “mal dia” é pega e envergonhada. O gerente ameaça chamar a policia e tudo mais. A pessoa promete nunca mais fazer aquilo. Afinal, a sua mente libera uma descarga de sensações de pânico. Liberada sem tais conseqüências, a pessoa lembra o acontecido e apesar do frio na barriga, lá está o perfume na bolsa sem o devido preço pago.

Aconselhei uma mulher certa feita em que o marido descobrira a traição e queria matá-la e realmente iria fazer isso. Ela não sabia que o marido sabia. Conversei com ela e expus a situação, ela corria perigo mesmo, por isso a procurei, e a orientei como proceder. O pânico dela era terrível. O medo da morte era eminente na fala. Não eram cristãos, apenas um casal a ser ajudado, pois assim Deus queria. Fez o que aconselhei e o marido se controlou. Depois eu disse: Aproveite a oportunidade para reconstruir o seu casamento. A resposta foi a pior possível. Eu gosto de trair! E enquanto ele não parar de beber, vou continuar!

Esses exemplos mostram que tal realidade já estava impregnada na alma; Devido o processo vivido de permissão de guarida na mente.

Mas apesar dos pesares, acredito que todo ser humano possua pela graça divina a capacidade de romper com esse circulo vicioso e ter uma nova história.

A condição de vítima “vitimizador” não pode ser justificável em todo momento da vida.

Quer seja algo que se tornara ou já fosse “biológico”, quer fosse “comporta-MENTAL”, como abordei acima, a graça de Deus cria Janelas para Escuridão. A escuridão sempre é rompida com a luz graciosa de Deus em vários momentos da vida e de várias formas. Por mais densas que sejam as trevas da história, a Luz do Senhor da Eternidade lhe dá subsídios para mudar a história. Janelas por uma paisagem, por um amigo, por uma canção, por um história ou estória, por um sonho ou visão, por uma paixão, por uma tragédia, mas sempre Janelas para Escuridão. Não digo apenas de conhecer e receber a Jesus na vida e se tornar um "ser espiritual", mas de voltar a "ser humano" que já é sadio e nele quem sabe ser algo a mais.

Talvez amanhã eu mude algumas coisas nesses textos quanto a uma tentativa de análise psicológica, não o sendo, mas quanto as lacunas graciosas de Deus, ah, isso tenho convicção.

Ps: Psicólogos ou não, tenham liberdade em lançar entendimento sobre nós com seu "ponto de vista", pois como alguém já disse - "todo ponto de vista é uma vista de um ponto".


Toni Edson

A Estufa Religiosa do Mal.


A ESTUFA RELIGIOSA DO MAL.


“Welliton” foi mais um dos vários que suprimem sentimentos, histórias e estórias mal resolvidas na alma. A mente se torna uma espécie de “estufa” que faz com que tais realidades cresçam independente do mundo exterior. E quando menos se vê em tempo ou fora de tempo dá os seus frutos, e que terríveis frutos!

A religiosidade não admite isso na mente de alguém, como se num passe de mágica ou mística denominacional, tais realidades, teriam que desaparecer de imediato.

A pessoa no ambiente religioso doentio é ensinada direta ou indiretamente que tais sementes ou árvores já frutíferas nunca poderiam ali estar e num “tá amarrado” ou “saí em nome de jesus” a mente já não é mais tal estufa.

A pessoa precisa negar o que há dentro dela. Você já está curado! E por aí se vai... Criam "campanhas", tenho horror ao termo e prática, viciosas que condicionam a pessoa a dosagens de tempo para algo específico - uma bula divina. Mas negar uma realidade traumática da mente – alma - é a mesma coisa que olhar para uma parede e tentar se convencer que você pode passar por dentro dela. Por um momento você até se convence que é um “gasparzinho” e tem a sensação de super poderes, mas quando vê-la tudo se desmorona e se tentar atravessa-la, sabe o resultado.

A religiosidade valoriza a estética, por isso é um ambiente fecundo para psicopatas, sim, repito, a religiosidade é um ambiente fecundo, “estufoso” para psicopatia.

Por isso Jesus lidava de dentro para fora, por isso ele fazia questão de ter a pessoa na sua presença como ela é em suas palavras e gestos. Assim se conhece o coração, pois a boca fala do que o coração está cheio Mt. 15.18.

Jesus ouvia mais do que imaginamos. Lia as palavras, lia os olhares, lia os gestos, lia o corpo... Achamos como via de regra que Jesus de forma mística fazia um raio X da mente das pessoas, como um ser desumano cheio de poderes paranormais, se existe isso..., mas ele era humano, cheio do Espírito que lhe dava sensibilidade para ler os gritos do silêncio, não descarto a probabilidade de Deus desvendar no momento algo que se passa na mente da pessoa, e creio que o Pai concedeu isso para Jesus, mas em pouquíssimos momentos e não como via de regra.

A igreja de Jesus pára para ouvir as pessoas, não tem pressa no diálogo, busca os gritos da alma através de vozes que sussurram em gestos ou mesmo no silêncio.

A igreja de Jesus aceita tais realidades e está amorosamente pronta para Em Cristo caminhar com essas sementes sem permitir que sejam “estufadas” na mente.

A Igreja de Jesus permite que tal realidade sombria da mente seja salmodiada entre eles para se tornar no fim um hino de louvor.

Mas não quero ampliar o leque, mas focar em duas questões: atenção e acolhimento.

A religiosidade não é atenciosa e acolhedora, mas a igreja de Jesus é.

Que tipo de ambiente tem-se desenvolvido

nos nossos relacionamentos e ajuntamentos?


Toni Edson

A Segurança Ainda é Maior!

A SEGURANÇA AINDA É MAIOR!


Ainda respiramos esses ares de medo e espanto. Particularmente não gosto de falar muito ou enfatizar para não alimentar uma pandemia de medo, mas o assunto está aí e o medo gerado também.

Vale a pena enfatizar que isso não é normal, não é uma onda após outra, é um caso isolado que acontece raramente na história. São contados nos dedos casos assim. Existe mais segurança do que vulnerabilidade e não pelas estruturas educacionais públicas ou privadas, ou policiamento público ou privado(a?), mas pela graça divina que insiste apesar de muita resistência de muitos.

Essa graça divina preserva a sociedade ainda que ela não saiba.

Não podemos colocar em xeque, ainda que os sistemas educacionais públicos não tenham cheques, o que é proporcionalmente maior - a segurança - devido um caso isolado.

Tranquilize o seu filho, tranquilize os amigos educadores, tranqüilize a sua alma. Garanta a eles que isso não vai acontecer e você pode garantir, não pela segurança humana, mas pela história da Segurança Divina que sempre está presente. Não se esqueça, é um caso isolado! Ainda que burlou a regra de segurança, não é mais forte que a segurança para desencadear um efeito borboleta de homicídios.

Acredito no senso de vida, nos olhares inocentes de crianças que aplacam tais realidades, acredito no amor, acredito no instinto de vida, acredito na superação, pois acredito na Graça Divina.

Mas isso nos leva a refletir, e como nos leva, a refletir em várias coisas.

Tony Edson

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Riqueza Perdida - A mesa Judaica-Cristã de Páscoa.

A Riqueza Perdida.

Uma rápida abordagem da mesa judaica-cristã.

Aproxima-se a Páscoa, ou talvez já tenha passado, essa é uma das discussões dos teólogos quanto ao dia de celebração, visto que, João provavelmente usou um calendário mais antigo do que se imagina que ele usou. Ainda temos a interpretação cristã que a páscoa na verdade celebra-se no Domingo – o dia da ressurreição do Messias e conseqüentemente o dia do Senhor e nasce outra discussão da guarnição do sábado ou domingo.

Bem, fica-se aberta tais discussões das quais eu não tenho nenhum interesse em participar quanto a horas, dias e luas, mas algo que precisamos como “cristãos ocidentais” resgatar é a história da nossa fé.

Sem história não há compreensão do processo desencadeador dos eventos presentes, e a nossa história de fé tem como Berço, Mobral, Primeiro e Segundo Grau, Faculdade e Pós a Fé Judaica. Sem medo de exagero, toda formação da Fé se da no mundo judaico, e ecoa pelo helenista, romano e confins, mas aos judeus foram confiados os oráculos de Deus (Rm. 3.2).

Mas a nossa “fé ocidentalizada e cristianizada” nega tais realidades, consciente ou inconscientemente, criando interpretações próprias e heresias sem fim, contudo, não estou dizendo que todo conteúdo da fé que temos é profanizada, ok? Tenho como conceito de profano não apenas algo aderido do mundo pagão, mas conceitos sem conteúdo e conteúdo que ignore o real contexto do texto em questão ou do assunto abordado.

E pior que isso é perder a riqueza do que se é, em função do que se tem, sem questionar se não tem algo além.

Tudo isso para repensar a Riqueza da Páscoa.

Jesus era judeu, para surpresa de muitos, sendo assim, a Páscoa que ordenou que os discípulos preparassem era o Pessach – Páscoa Judaica, portanto, a mesa possui os elementos judaicos e as falas de Jesus repousam sobre tais elementos. A mesa Cristã não conhece a mesa Judaica, só que nenhuma isolada da outra é completa e suficiente em si, a melhor definição é uma mesa Judaico-Cristã.

Todos os elementos da mesa Judaica celebram a Redenção de Deus na história do seu povo, cada elemento, cada detalhe é histórico, mas alguns também tinham o sentido profético que se cumpre em Jesus.

Os evangelistas narram apenas dois dos vários elementos da mesa Judaica, Pão e Vinho, não por desprezam os outros elementos, até porque ao ler algo sobre Pessach já se tinha em mente todos os elementos, mas porque esses elementos, Pão e Vinho, têm seus sentidos amplificados e apropriados pelo Messias.

Interessante pensar na sequência da Seder de Pessach, no que se refere ao ato de Motzi Matzá (levantar os três pães e abençoar para distribuição) e a sequência do cerimonial aonde a metade do segundo matzá (pão) chamado de Aficoman, era escondida, distribuído o outro pedaço para ser comido depois de achado pelas crianças e então se bebe o terceiro cálice de Vinho. São estes atos que os evangelistas focam nas palavras de Jesus Este (pão) é o meu corpo e o meu sangue (cálice de vinho), a uma nova realidade no sacrifício dele[1].

Agora, será que sabemos qual pão foi comido e seu significado? Qual cálice foi bebido e seu significado? Afinal, são três pães e quatro cálices de vinho!

Veja a ordem do Seder de Pessach:

Esta é a ordem a ser seguida no Seder de Pessach:

§ Kadesh (קדש - santificação) - Recitação do kidush e a ingestão do primeiro copo de vinho.

§ Urchatz (ורחץ - lavagem) - Lavagem de mãos.

§ Karpas (כרפס) - Mergulha-se karpas (batata, ou outro vegetal), em água salgada. Recita-se a benção e a karpas é comida em lembrança às lágrimas do sofrimento do povo de Israel .

§ Yachatz (יחץ - divisão da matzá) - A matzá é partida ao meio e embrulha-se o pedaço maior e separando-o de lado para o Afikoman .

§ Maguid (מגיד - conto) - Conta-se a história do êxodo do Egito e sobre a instituição de Pessach.Inclui a recitação das "Quatro perguntas" e bebe-se o segundo copo de vinho.

§ Rachatzá (רחצה - lavagem) - Segunda lavagem de mãos.

§ Motzi Matzá (מוציא מצה)- O chefe da casa ergue os três pedaços de matzá e faz as bençãos das matzot .As matzot são partidas e distribuídas.

§ Maror (מרור -raiz forte) - São comidas as raízes fortes relembrando a escravidão e o sofrimento dos judeus no Egito.

§ Korech (כורך -sanduíche) - Faz-se um sanduíche com a matzá, maror e charosset.

§ Shulchan Orech (שולחן עורך)- É realizada a refeição festiva.

§ Tzafon (צפון - escondido) - Aqui é comida a matzá que havia sido guardada.

§ Barech (ברך - Bircat HaMazon) - É recitada a benção após as refeições.Bebe-se o terceiro copo de vinho.

§ Halel (הלל -louvor) - Salmos e cânticos são recitados. Bebe-se o quarto copo de vinho.

§ Nirtza (נירצה - ser aceito) - Alguns cânticos são entoados e têm-se o costume de finalizar o jantar com os votos de LeShaná HaBa'á B'Yerushalaim - "Ano que vem em Jerusalém" como afirmação de confiança na redenção final do povo judeu[2].

Percebeu três pães e quatro cálices de vinho?

Porque será que são três pães?

Um judeu não messiânico, que ainda não conhece a Jesus, diria que pode ser uma referência aos patriarcas – Abraão, Isaque e Jacó, mas um Judeu Messiânico afirma: É a expressão do Pai, do Filho e do Espírito Santo!

Não entraremos no dogma trinitário que nesse caso mais complica do que explica, apenas na constatação do Pai, Filho e Espírito Santo.

Qual pão é partido ao meio?

O Segundo, conforme mostrado acima. Na ordem batismal[3] e nas bênçãos e saudações apostólicas[4] mostram uma economia da divindade – Pai, Filho e Espírito Santo. Agora, quem foi partido ao meio, moído, por amor a nós? Qual pessoa da divindade? Qual pão foi partido?

Perceba que a metade escondida Hb Tzafun (secreto) Gr. Aficoman (escondido) depois será procurada pelas crianças e aí sim comida. Quando se parte o pão ao meio ele se torna o pão da miséria, da pobreza, incompleto. O aficoman é a metade que quando descoberto há grande júbilo. Quem ainda é “encondido, secreto” para os judeus? Sim, o Messias!

Jesus quando declara – Este é o meu corpo, está relacionando o Segundo Matzá (pão) como sendo um ato profético da história que se cumpri Nele naquele momento. Ele é o pão que vai ser partido e alimentar os seus discípulos. Ele é o Aficoman descoberto, revelado e celebrado! O Pão vivo que desceu do céu representado no pão comido, ou do próprio maná caído do céu no deserto.

LOGO APÓS segundo a Seder de Pessach, toma-se o TERCEIRO CÁLICE, mas será que tinha um sentido cada cálice? Sim, tinha!

Veja Êxodo 6.6-7:

1. E vos «tirarei» de debaixo da carga dos egípcios.

2. E vos «livrarei» da sua servidão.

3. E vos «resgatarei» com braços estendidos e grandes juízos.

4. E vos «tomarei» por meu povo.

Isso não é fantasioso é o contexto judaico da Páscoa, agora, olhe acima e veja qual promessa, parte do versículo, é correspondente ao terceiro cálice.

Exato, terceira parte, que corresponde a resgate que é remissão, o mesmo sentido. O cálice que Jesus toma é logo após o partir do pão, então, é o Terceiro Cálice. Ele diz que esse Cálice é da Nova Aliança para Remissão de Pecados, Resgatar é Remir dos grandes juízos do pecado.

Sendo o terceiro cálice, observe algo interessante, remirei, resgatarei com BRAÇOS ESTENDIDOS, isso nos lembra alguma coisa?

Eu sei que como bom Reformado que você é, ou não, pode se lembrar dos critérios para tipologia. Só é considerada uma tipologia quando se tem símbolo e significado evidente, explicito nos testamentos. Bem, só pra lançar minhoca na sua cabeça e possivelmente revisão de tal ensinamento, temos em 1 Co 10 o citar de uma pedra que seguia o povo no deserto e Paulo interpreta que essa pedra era Cristo, mas em que lugar fala dessa pedra que seguia o povo no deserto? Isso era uma tradição oral presente, assim como a citação de uma profecia referente e interpretada como a estrela seguida pelos magos do oriente. Não tem correspondência no A.T (que gosto mais da nomenclatura de Primeiro Testamento), fora retirada de uma profecia oral entre os Escritos Rabinos – escritos não canonizados e que nem devem ser!

Não estou peregrinando pelo perigo da alegoria alexandrina ou até grega, mas vendo o que um Judeu vê na pessoa do Messias.

Bem, isso foi um pouco da riqueza da mesa JUDAICA-CRISTÃ que devemos celebrar!

Sobre a ressurreição que vai ser aderida ao sentido da Pessach que agora não é restrita ao contexto judeu, mas a todos que estão no messias, a ressurreição vem agregar um sentido mais profundo de libertação, não apenas política e espiritual regional, mas agora Universal.

Mas esse assunto já é falado em um certo nível, mas como seria bom se entender o cordeiro pascal, o osso de cordeiro da mesa pascal, o sangue nos umbrais, isso daria um sentido mais amplo a ressurreição, mas fica pro próximo escrito ou se alguém quiser comentar, fique a vontade!

O blog como disse não é do “ninguém” é do “todomundo”.

Feliz Pessach! Feliz Pascoa!

Por Toni Edson



[1] Veja por exemplo Marcos 14.22

[2] Sim, extraído do sábio Wikipédia, confira a sequência da mesa judaica em http://pt.wikipedia.org/wiki/Pessach

[3] Veja Mateus 28.19.

[4] Veja por exemplo 2 Co 13.14, I Pe 1.2

domingo, 17 de abril de 2011

Espiritualidade Individualista Virtual

Vamos "cabe-cear" uma idéia sobre esse tipo de espiritualidade e suas implicações.

Bem, quando falamos sobre espiritualidade, pensamos em alguém que entende ou suspeita que existe algo além do que os olhos podem ver e neste contexto, Espiritualidade Individualista Virtual, alguém que já descobriu ou foi descoberto por esse "algo além" e se deparou com o Deus Triuno - (diálogo proposto entre os imersos ou emergentes da pseudo fé cristã).

É um texto pra responder a um "vento" que vem e vai em momentos da história com estórias e formas diferentes.
Por ser um "vento" passa e é questão de tempo de se passar, mas a semelhança dos "ventões" - "tufões" deixam um estrago "vio-lento".

A proposta dessa Espiritualidade é uma "Lady Gaga" do momento, uma "Má-donna" evoluída do passado para nova geração.
Ela, a espiritualidade e não a Lady ou Má, é Individualista, promove a teologia da "Dança do Quadrado, by Sharon Acioly...a vá...", ((digressões: seria interessante Lady Gaga e Madonna num dueto com tal sinfonia clássica)) que diz ser possível ser "cristão" na sua individualidade.
Bem, ser espiritual é possível, pois a espiritualidade não se limita a uma confissão de fé ou religião ou denominação ou ou ou... ser espiritual é e basta ter a consciência ou inconsciência - sabida, que existe algo-alguém além do que os nossos olhos podem ver. Neste sentido, até um cético é espiritual, pois vai desdobrar na "busca pelo sentido" da vida.

Mas para "fé cristã" que tem como essência uma "pessoa" - "Deus" - "Jesus" revelado na sua relação com a humanidade ((Selá)) através das Escrituras-Bíblia, essa espiritualidade é incompatível.

A Bíblia revela um Deus que misteriosamente se relaciona em si mesmo ((Selá)) - Elohim "Deus Pluralizado na Unidade" e que por ansiar por ""relacionamentos"" se expressou na sua Criação e se relaciona de forma especial na "Corôa da Criação" - "Adão e Eva" - "Humanidade".

Esse Deus Trino, único composto, hb. Echad - A primeira vez que se pronuncia se pronuncia no COMPOSTO revelando a "relação" que há em si - Pai - Filho - Espírito Santo.

Essa relação sempre se dá em COMUNHÃO e Deus se revela neste estado - comungado.

Somos, somos?, sua "obra prima", expressão da sua glória, feitos a sua imagem e semelhança. O desejo de Deus é refletir, não apenas na Igreja, mas principalmente na sua Igreja, em "toda humanidade" essa relação "comun-itária".

Perceba a relação de toda uma nação como UM POVO... que se cumpre na pessoa de UM MESSIAS, mas esse Povo é na "real-idade" comparável as incontáveis "areias no céu" e "estrelas no mar".

Essa Espiritualidade Individualista nos "desfaz - desconstrói" como PESSOA e nos transforma em INDIVÍDUO.

No indivíduo o ser se torna singularizado, isolado, só, em solidão sem solitude - Na pessoa a referência é ao ser humano que necessita de relacionamento para se "evoluir" e "desenvolver" na sua humanidade.

Indivíduo precisa de si só e tenta trazer Deus para essa relação, ainda que Ele possa se revelar aí, mas desemboca-SE no ser PESSOA, pois ELE também é uma pessoa, mas se basta como indivíduo - nega o coletivo.

Virtual porque, por que, por quê, porquê - pq - não é apenas uma extensão da Realidade (como se queria com a virtualidade) ela é SUBSTITUTIVA e PROSTITUTIVA da Realidade.

Essa Espiritualidade Individualista Virtual se vê nos chamados "CRISTÃOS SEM IGREJA" - "SEM DENOMINAÇÃO" e outros nomes que se dá a esse vento histórico arrasador, mas identificado como vento. Não como Sopro, mas vento.


Em outro momento "papearemos" sobre alguns "prováveis motivos" dos adeptos a tal espiritualidade.

Aqui basta pensarmos no estilo de vida dos que foram "Antioquiados no Cristão" pela primeira vez e identificados pela "comunhão" em "LUGARES COMUNS" - templo, mini templo = sinagogas, tumbas, cavernas, casas e etc...

Em outro momento, após o momento anterior prometido, falaremos sobre a inevitável experiência de "fenômeno comum" dos "aglomerados" se "institucionalizarem", poisss o demônio desse vento é a INSTITUIÇÃO... escolas, faculdades, empresas ah?¹?!!!

Pode comentar sem medo de ser feliz....